27 de jan. de 2010

Public Imaaaage

Uma música pode te cativar em poucos segundos e se tornar especial pra sempre. Algunsacordes podem fazer com que uma canção se torne inesquecível por toda uma vida.

Foi mais ou menos isso o que aconteceu com essa música aqui.




Comprei o primeiro álbum do Public Imagem Ltd por volta de 90/91. "É do cara que cantava no Sex Pistols", me disse o malandro que vendia vinis usados no calçadão de Nova Iguaçú. Levei.

Me lembro de escutá-lo a primeira vez achando tudo estranho e fascinante. Músicas enormes, lentas, difíceis de engolir. Um discurso anti-religião musicado de arrepiar no meio do lado A. Já estava gostando muito daquilo.

Aí vem ela e essa linha de baixo marcadão, aquela risadinha sacana (Hello, Hello?) uma guitarra com um som maravilhoso e aquela voz esganiçada mandando:

You never listen to a word that I said / you only seen me for the clothes that I wear

Pronto, amor a primeira audição. A música Public Image é minha preferida do PIL.

Jonnhy Rotten, ou Jonh Lydon, reativou sua banda no final do ano passado, pelos motivos financeiros de sempre. Mas ninguém reclama disso. No fim de um show em Leeds em dezembro, Rotten mandou pra galera: obrigado pelas 40 pratas. Direto e desagredável como só ele sabe ser.

Estão escalados pra tocar no Coachella 2010 e vão levantar mais um troco pra aposentadoria.

Quem fez história tem todo direito.

25 de jan. de 2010

Três novidades de uma vez

Pra tirar o atraso da semana de novidades, que deveria ter acabado na sexta passada, vamos conferir 3 bandas muito legais de uma vez só.

1 - Começamos com a barulheira pop sueca do The legends. A banda é de 2003, mas hoje em dia virou um projeto de um tal Johan Angegard (favor incluir aquela bolinha no topo do segundo a) que toca o barco com ajuda dos camaradas. Dançante e pesado.





2 - O Japandroids são 2 canadenses , um guitarrista e um baterista, fazendo um indie rock zuado e gritado. Também conhecido como JPNDRDS, lançaram o primeiro disco, chamado Post-Nothing, ano passado. Essa música aí de baixo é sensacional. Meio épica, meio boba, meio...sei lá.





3- A terceira novidade chancelada pelo ralphbhits são os moleques do Surfer Blood. O primeiro disco deles, Astro Coast, saiu agora em janeiro nos EUA. Mas desde o ano passado já estão chamando atenção, com muita gente fazendo uma comparação com o Pavement. O sangue de surfista vem da Flórida e, talvez por isso, role um clima praiano nessa música, com direito a um percussionista mucho loco.




Com esses 3 sons encerramos a semana de novidades aqui do blog.

Eu sei que essas 5 bandas que postei na ultima semana não venderão milhões, nem farão parte trilha sonora da próxima novela das 8, mas vale a pena parar pra escutá-las, nem que seja só pra tirar onda na mesa do bar com seus amigos indies.

19 de jan. de 2010

Mais novidades: música nova do Shout Out Louds

O suecos do Shout Out Louds fazem um pop delicioso, que só quem vem da terra do ABBA tem a manha. A banda não é tão nova assim, foi formada em 2001 e lançou o primeiro álbum em 2005, mas muita gente não conhece. Essa música aí de baixo é do terceiro trabalho, chamado Work.

Ê videozinho estranho, mas pelo menos difere da mesmice que vemos por aí. E que música gostosa.
Confere aí.

* Tentaram tirar o video do ar mas coloquei de novo.



Enquanto isso saiu o Line-up, também conhecido como escalação, do Coachella 2010, o festival queridinho da galera hoje em dia, que rola na cidade de Indio na California. Representa pros Indies o que o Lolapalooza representou pro "rock alternativo" nos 90's. Confira quem toca quando aqui.

Mas botar o Faith no More pra tocar antes do Muse é sacanagem!

Amanhã tem Japandroids aqui no ralphbhits.



18 de jan. de 2010

Novidades pra 2010

Queria falar sobre The Drums há um tempo, mas outras prioridades pipocaram pelo caminho do blog. Mas hoje pela manhã me deparo com o vídeo da bonitinha "Let's go Surfing", que foi a primeira música desse quarteto do Brooklyn que ouví, no Popload. Então vou postar aqui no Ralphbhits o pegajosa "I Felt Stupid", que tem um refrãozinho que não sai da cabeça.

Parece um vídeo do Pet Shop Boys, olha só!




Meio synth-pop, meio indie rock, meio um monte de coisa, a banda merece nossa atenção. Se você não acredita, pergunte pra NME, que tascou os meninos na capa dizendo pra prestarmos atenção neles.

Falando nisso, o semanário inglês fez uma listinha (e nós adoramos listinhas) de 18 promessas pra 2010, onde vc pode ouvir além do Drums, coisas legais como o The Avett Brothers, o Darwin Deez e o Surfer Blood.

Clique aqui e faça suas apostas.

Amanhã colocarei outro som novo que tá impregnando minha cabeça.

15 de jan. de 2010

3 irmãos e um ex-Smith

Reza a lenda que quando perguntados se aceitariam colocar mais alguém em sua banda, os 3 integrantes do The Cribs, que são irmãos, responderam de zoação: só se for o Johnny Marr!



A brincadeira virou verdade. O ex guitarrista do lendário The Smiths começou a colaborar com os "garotos" em 2008, quando excursionou com eles pela Inglaterra antes de gravar o quarto álbum do agora quarteto, Ignore the Ignorant. Se a banda já era boa paca, com o finíssimo estilo e o enorme talento do ex-parceiro do Morrisey, virou a melhor banda britânica hoje. Não tem pra ninguém.

O Riff desse música aí de baixo mostra que Johnny não tá de bobeira e, sem firulas, consegue deixar sua marca.




Depois do conturbado fim dos Smiths, Johnny colaborou com inúmeras pessoas, tocando com nomes tão diferentes como Pretenders, Modest Mouse e The the. Montou também o Eletronic, com o Bernard Summer, mas disse que melhor trabalho dele em 25 anos é o quarto álbum do Cribs.

Então? Não sou só eu que ta falando, Mr. Marr concorda, Cribs é foda.

13 de jan. de 2010

Só os bons morrem jovens...

Quando eu venço a preguiça e faço um texto bacaninha pra tirar esse blog da inércia pra finalmente começar 2010 por aqui, fico sabendo da morte do cara que me fez acreditar no poder dos 3 acordes de novo. Jay Reatard foi encontrado morto em casa, em Memphis. Aparentemente morreu dormindo.



Esse moleque, que lançou o melhor disco do ano passado (Watch me fall), não parava de excursionar pelo mundo e de surpreender quem conseguia enxergar as grandes popsongs que criava. E como ele conseguia enterrá-las debaixo de um punk rock sujíssimo, tocado à velocidade da luz, como que não querendo que ninguém as descobrisse.



Começou nessa vida aos 15 anos e morreu aos 29. Foram 14 anos de barulho. Metade da vida em cima de um palco aperfeiçoando sua incrível habilidade de tirar melodia de hardcore, sempre usando sua Flying V como aliada.




Lançou vários discos com diferentes bandas. No documentário "Waiting For Something: A Short Documentary Of Jay Reatard", do MyspaceTV, explicou que ao lançar tantas músicas em tão pouco tempo estava tentando correr contra a morte. Na madrugada do dia 13 de janeiro de 2010 ele perdeu a corrida.




Não foi o primeiro artista a morrer cedo demais e não será o ultimo. Mas que é triste pra caralho é.